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Tirar as máscaras e ser quem se é!

Projeto Cooperação

Por Cambises Bistricky (@cambisesbistricky) focalizador e sócio do Projeto Cooperação.

Tenho constado situações culturais muito semelhantes e recorrentes nas organizações onde atuo. Seja em empresas, instituições de ensino ou órgãos públicos, existe uma forma “oculta e imaginária” de ser e fazer, uma linguagem e jargões próprios, um jeito de se vestir e se apresentar.

 

As atitudes não são impostas pela liderança nem pela gestão, não estão nos contratos de trabalho nem nos códigos de conduta ou credos. Mas, mesmo assim, são mantidas por uma força invisível e poderosa.

 

Funciona mais ou menos assim: se você não agir como todos agem, não falar como todos falam e não se vestir como todos, acabará não “fazendo parte”, não pertencendo àquele ambiente. Para pertencer, será preciso ser, estar e falar como todos. E, por isso, você focará toda a sua energia nessas tarefas, sem sobrar muita energia para, por exemplo, deixar aflorar a criatividade e a proatividade. Mas, consequentemente, haverá muitas cobranças por você não mostrar o quanto é criativo e proativo, feitas diretamente pela liderança e gestão.

 

Ao final de uma jornada de trabalho nesse processo, a sensação será de exaustão, como se toda a sua energia vital fosse sugada pela sua profissão, pela sua organização. A produção e a entrega serão mínimas. E, quanto mais você tentar ser quem não é, terá menos energia, menos resultado e mais cobrança…

 

Essa “máscara” poderá até grudar na sua pele e, em pouco tempo, você reproduzirá a cultura da organização em outros ambientes da sua vida. Ela poderá fazer parte também das relações de amizade, da família, da comunidade. Os encontros se tornarão custosos para você e todos ao redor, não haverá mais graça em nada… E ambientes antes tão especiais passarão a ser só lugares onde se deixa muita energia!

 

A minha certeza, no entanto, é que há outros caminhos, outras possibilidades. É possível promover e fortalecer culturas que favoreçam ambientes nos quais cada indivíduo, verdadeiramente, possa ser quem é. E, assim, se sentir aceito e acolhido, colocando o melhor de si nas demandas, na construção de relações colaborativas. Esse processo também favorecerá centrar e concentrar a energia na criatividade, na produtividade e na proatividade.

 

O reconhecimento, nesse processo, será resultado do que cada pessoa desenvolve, produz e cria, sem “máscaras”, com tempo para se dedicar também, presente e genuinamente, aos amigos, à família e à comunidade, gerando um círculo virtuoso de verdade, produção e felicidade.

 

Só por poder ser quem se é.

 

Busco esse caminho diariamente, para ser a minha melhor versão, a minha potência máxima, pois o que eu vim realizar no mundo, ninguém, além de mim, pode (e poderá) realizar!

 

E você?

 

Cambises Bistricky é focalizador e sócio do Projeto Cooperação. Saiba mais sobre ele clicando aqui.