Carnaval tem brincadeira e cooperação

A cooperação está presente no carnaval, já reparou? Quando brincamos sem delimitações de idade e nos abrimos para interagir com uma multidão de pessoas desconhecidas, já começamos a cooperar. Mas é mais que isso!

O carnaval em si é uma grande brincadeira coletiva em que a multidão faz a festa a partir da própria presença, “correndo atras do trio” ou seguindo o ritmo de uma banda ou bloco. Aí temos o objetivo comum de fazer a alegria acontecer no clima escolhido para estar: axé, samba, marchinha, reisado, frevo, … de fantasia, de abadá ou com um traje típico, andando ou parado.

E outras brincadeiras cooperativas acontecem dentro da própria festa. Grupos se formam fantasiados (com representações teatralizadas) sob um tema quente do momento, uma causa a ser defendida ou apenas um convite à interação. Como exemplo deixamos aqui um grupo de mulheres no Rio de Janeiro este ano, reunidas sob o tema “MenoPower”, com fantasias próprias e placas que contavam existir muita vida e conquista de liberdade na fase da menopausa.

Diversos blocos que exaltam a cultura popular trazem a ciranda para o carnaval, convidando o público a formar grandes rodas e dançar de mãos dadas cirandas conhecidas. Uma brincadeira popular em Recife é, ao soar de uma buzina, todas as pessoas viram estátua por alguns segundos. Outros convidam a multidão à cooperação quando uma criança se perde; num efeito cascata as pessoas vão se abaixando e convidando as demais a fazer o mesmo até que a criança seja encontrada. E claro, a celebração final é coletiva também.

Perguntamos para nossa comunidade outras brincadeiras cooperativas. Vejam as respostas:

• Karina Perpétuo nos contou, que me Brasília, “o cortejo seguindo um bloquinho maravilhoso acabou pisando nos canteiros em frente a um prédio”, e que no sábado seguinte iria “rolar um mutirão para replantio festivo das mudinhas, para alegria de todos.”;
• Fábio Brotto nos lembrou de como muitos sambas são cocriados: “Cocriar o samba enredo da própria turminha e sair pelas ruas do bairro espalhando a alegria do VenSer junto”;
• Carla Albuquerque lembrou do jogo de pergunta e resposta do Reisado: “No Reisado a banda canta a “pergunta” e o público canta a “resposta”. No maracatu a banda também puxa e o público repete em coro. É incrível!!!!”
• Giovana Ferreira trouxe uma brincadeira com estudantes: “Brincar com um paraquedas gigante, com movimentações coordenadas dos estudantes e em conjunto.”

Resumindo: carnaval é tempo de brincar e cooperar. E agora você tem um ano para se preparar para cooperar na próxima brincadeira coletiva nacional. 😊

Por hora, nosso convite é para perceber que outras tantas cooperações acontecem quando estamos brincando nesta ou em outras celebrações coletivas, e quanto engajamento e alegria promovem.